Governo cria nova linha de crédito de 600 milhões de euros para ajudar as empresas

O ministro da Economia, António Costa Silva, anunciou esta quinta-feira a criação de uma nova linha de crédito de 600 milhões de euros para ajudar as empresas a enfrentar a crise energética. Esta é uma das medidas do pacote a que o Governo deu o nome de “Energia para avançar”.

“Esta linha de crédito é de garantia mútua, tem o prazo de oito anos e carência de capital de 12 meses”, explicou o governante, em conferência de imprensa.

António Costa Silva indicou também que este instrumento estará à disposição de todos os setores, nomeadamente o comércio, os serviços e o turismo, além da indústria. “É para as empresas afetadas por perturbações quer nos preços da energia, quer nos preços das matérias-primas, quer nas cadeias de abastecimento”, detalhou o governante. “Os únicos limites são de financiamento em função da dimensão das empresas”, acrescentou o secretário de Estado da Economia, João Neves.

De acordo com Costa Silva, esta linha de crédito será operacionalizada pelo Banco de Fomento e o Governo espera que esteja no terreno a partir da segunda quinzena de outubro.

Já o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, salientou que esta linha “não tem que ver com as medidas de capitalização das empresa”, sendo destinada, antes, a situações de emergência.

Aos jornalistas, o ministro revelou, por outro lado, que para acelerar a transição e a eficiência energética será também lançada uma linha de 290 milhões de euros, dos quais 250 milhões irão para a indústria (através do IAPEMI) e 40 milhões para o setor agrícola. “Tivemos no passado empresas que aderiram a programas de descarbonização. Para essas, a fatura energética hoje é baixa. É absolutamente determinante para a competitividade”, sublinhou o responsável pela pasta da Economia.

No total, o pacote “Energia para avançar” custará 1,4 mil milhões de euros, adiantou ainda Costa Silva.

Notícia atualizada às 16h13