SNQTB e SIB querem subida salarial de 5,5%. Bancos estão contra

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e o Sindicato Independente da Banca (SIB) avançam com contraproposta ao aumento salarial avançado pela banca e dizem em comunicado que “é inqualificável que o empobrecimento da classe bancária seja imposto de forma brutal, através de uma proposta dos Bancos de revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), muito abaixo da inflação e do exponencial aumento do custo de vida”.

“Apesar de claramente desajustada e desfasada da realidade, a proposta do grupo negociador mantém um aumento insuficiente de 1,1%, isto quando a taxa de inflação atual é de 9,3%, os produtos alimentares aumentaram mais de 15% e os produtos energéticos subiram mais de 24%”, referem os dois sindicatos que contrapõem com uma proposta de aumento de 5,5% para a tabela salarial, pensões de reforma, de sobrevivência e cláusulas de expressão pecuniária e ainda com “o aumento para o subsídio de refeição para o valor de 11 euros/dia”.

Os sindicatos consideram que esta proposta se revela”ponderada e equilibrada face aos valores da inflação, mas também dos resultados históricos que os bancos apresentam em 2022″.

No dia 15 de setembro realizou-se a segunda reunião com o Grupo Negociador das Instituições de Crédito (GNIC) relativa à revisão do ACT do sector bancário para 2022, “sob o olhar atento de vários dos representantes dos bancos que fazem parte da Associação Portuguesa de Bancos, sendo que o GNIC manteve a sua total inflexibilidade quanto à melhoria da sua proposta minimalista inicial em relação à atualização da tabela salarial, pensões de reforma, sobrevivência e demais cláusulas de expressão pecuniária para o ano de 2022”.

“O SNQTB e o SBI reforçam, por isso, a ideia de que nesta circunstâncias, os bancos continuarem a alegar que já assinaram um acordo com outros sindicatos é impor um fortíssimo empobrecimento a toda uma classe profissional que muito tem contribuído para os resultados excelentes das entidades patronais”, dizem no comunicado.

Os dois sindicatos garantem que “continuam a reputar como inqualificável que o empobrecimento da classe bancária seja imposto desta forma brutal, com a complacência dos outros sindicatos, ignorando a realidade, que, a cada dia, confirma a razão da proposta do SNQTB e do SIB”.